quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tadeuzinho - Setembro/2013

SOLIDARIEDADE COM OS INJUSTIÇADOS


A Comunidade de São Judas Tadeu, Apóstolo e Mártir, representada pela equipe PASCOM,  querendo estar em comunhão com as comunidades de índios, de quilombolas, de camponeses, de pescadores que estão sofrendo a violência no campo, registra:
Queremos ser solidários com sua dor, queremos transformar essa dor em indignação, em desejo de mudar a realidade em conjunto com todos os que estão querendo uma vida digna no Brasil e em todo o mundo.
  Temos aprendido que a solidariedade é construir com o outro.
 Queremos colaborar, com nossa presença evangélica, com os que sofrem, os que são injustiçados, os perseguidos, que são os povos indígenas, os negros, os quilombolas, as mulheres, os excluídos. 
Nossas orações para que tenham resistência suficiente mudem a situação de opressão em atitudes fraternas, inspiradas nos valores evangélicos.
 INFORMANDO SOBRE A VIOLÊNCIA NO CAMPO
 Para entender porque existe violência no campo.
- Brasil decidiu expandir as fronteiras agrícolas.
No interior do país  o avanço e fortalecimento do agronegócio acontece as custas dos índios, dos camponeses, dos povos originários.
Os produtos do agronegócio são produtos representantes de monocultura destruidoras da terra.
Para o governo o que vale é seguir investindo nos grandes produtores para manter a balança econômica em superávit mesmo que tenha custos : perda de soberania, destruição ambiental e morte daqueles que ousam atrapalhar o esquema. Obras gigantescas: hidrelétricas na Amazônia, a transposição do Rio São Francisco. Tudo isso para atender as demandas dessas plantações e as demandas de mineradoras que procuram ouro, prata e outros minérios.
O governo destina bilhões de reais para o agronegócio, e as grandes construções a custas de políticas públicas de saúde, de educação.
O governo emprega a força bruta contra as manifestações legitimas.
O território índio chamado pacificado, ganhou escrituras, donos, cercas. Os indígenas relutantes foram alojados em reservas, tutelados pelo estado.
Regiões
No Mato Grosso do Sul – centro responsável por 45% da produção de soja, região onde existe grande parcela de povo indígena autóctone, a disputa pela terra foi e é com violência – índios assassinados. Na caatinga parte nordestina da Amazônia – região de disputa de terra, de violência.
Os fazendeiros produtores de soja querem mais terra.
Os índios para eles são uns inúteis, por isso os fazendeiros são ajudados pela mídia comercial que tem um discurso racista preconceituoso e violento que divulga que os índios são vagabundos e não precisam de terra.
A nação brasileira por causa dessa desinformação acaba reproduzindo o discurso da mídia e considera como inimigos aqueles que lutam pelos seus direitos, pela justiça, pela vida.
Os protestos dos indígenas em 2012 foram extremamente importantes na luta contra iniciativas impostas pelo governo federal, contra a construção da hidroelétrica de Teles Pires no rio Tapajós contra o genocídio imposto ao povo guarani kaiowá.
Em 2013 continuam lutando para impedir que seus direitos constitucionais sejam desmantelados e para obter a demarcação de seus territórios.


Fonte:
ð  Para entender porque matam os índios (07/06/13)
ð  Em relatório sobre conflitos no campo CPT revela aumento da violência
o   Tatiana Félix – Jornalista da Adital – 16/08/13
ð  Povo indígena do Brasil e a necessária luta contra as ações anti indígenas
o   29/07/13 Brasil de Fato
§  Roberto Antonio Liebgott, vice-presidente do CIMI e integrante da equipe Porto Alegre

Alejandro e Maria José.


Semana da Família

Nos dias 14, 15 e 16 de Agosto, a comunidade se reuniu na capela São Judas Tadeu para a Semana da Família, onde tiveram momentos de reflexões, partilha e muita alegria. Confira abaixo algumas fotos: